Toda crise tem uma solução

Toda crise tem uma solução

Neste artigo, exploramos a natureza das crises, suas soluções, ensinamentos e o caminho para a superação.

Em um post numa determinada rede social, dia desses, li a frase “toda crise tem 3 coisas:
“Uma solução, uma data para caducar, um ensinamento para tua vida”.

O post insinuava que a frase teria sido dita por Buda, criador do Budismo, doutrina religiosa, filosófica e espiritual.

Não tenho como confirmar.

Seja como for, o fato é que me impactou. Não me saía da mente.

Refletir sobre o tema, me levou às seguintes ideias, longe de serem a verdade última.

Toda crise tem uma solução.

A palavra crise pode nos conduzir por diferentes caminhos.
Sinônimo de crise não falta.

Algumas vezes chamamos nossos conflitos de crises, por exemplo, uma crise familiar, matrimonial, profissional etc.

Considero que há uma diferença básica.

O conflito, normalmente, pode ser definido como alguma diferença entre a maneira em que pessoas, grupos ou países enxergam uma determinada realidade.
Diferenças de ideias, de ideologias, de pontos de vista.

Crise, penso, vai além – tem como característica principal – um desvio de rota, um desvio de objetivo, um desvio no rumo que a vida, dentro de uma normalidade, toma.

Pode ser uma enfermidade séria, uma catástrofe natural, a perda do senso de identidade…

Mas, toda crise tem uma solução?

Sigamos juntos.

A frase não diz – toda crise tem solução – afirma: tem uma solução.

Cabe-nos encontrar essa solução.

Esse é o nosso desafio.

Se é uma crise, partimos da suposição que a solução não é fácil, implica em uma atenção efetiva nessa busca.

Foco na solução é uma máxima.

Então, encontrar uma solução implica em deixar a queixa, o lamento e agir em consequência, ou seja, no sentido dessa solução.

Viver a realidade como se nos apresenta é uma forma de liberação interior.
De viver o momento presente.

Volto a dizer, não é fácil. Entendo.

No entanto, parece ser a forma que podemos praticar para encontrar uma solução diante da crise.

Outra forma é a percepção de nós mesmos.

Muitas vezes nos vemos paralisados frente à vida.

Olhando o vazio, como se diz popularmente.

Em um mundo em que o movimento, a conexão, estar fazendo algo, a cultura do imediatismo, de impaciência, dar um tempo, ou ter que esperar por algo, ou mesmo, estar em um período sem uma determinada função ou atividade, pode caracterizar uma crise.

Nesses casos, imagino, a solução pode estar em olhar para si mesmo.
Um mergulho interior.

Reconhecer como se formam nossos pensamentos e sentimentos, sua origem e onde nos levam.

Decidir se queremos alimentá-los ou não.

A meditação é um exercício que pode ajudar muito a desenvolver a capacidade de olhar para si mesmo.

Há vários tipos de exercício de meditação e com objetivos variados.

Os que considero, podem ajudar na questão sobre a qual estamos dialogando, são aqueles que nos possibilitam a dar-nos conta de como nossa mente funciona.

Em quais bases, conceitos e pré-conceitos apoiamos nossas ideias, decisões, crenças, valores?

Medite.

Toda crise tem uma data para caducar.

Caducar é a condição daquilo ou de uma situação que perde valor em relação a como era antes.

Minha pergunta é: quando uma crise perde valor?

Podemos pensar no tempo.

O tempo pode ser um aliado. No entanto não depende muito de minha ação. O tempo vai passar, quer eu queira, quer não.

Outra forma – expandir os contextos.

O primeiro é nosso contexto imediato, o pessoal. Tudo ocorre conosco ou por nossa causa.

Somente percebemos e consideramos esse contexto.

Nada mais tem sentido fora de nossa vida, nossa realidade, nossas dores, medos, sentimentos.

Ampliamos um pouco e percebemos o contexto familiar e de amigos.

Bem, já temos outros interesses. Pensamos no outro ou em outros, esquecemos um pouquinho de nós mesmos.

Seguimos, e percebemos a vizinhança, a cidade, o país, o mundo e a humanidade. Até o universo.

Será que, ao olharmos algo que nos acontece, uma crise, desde uma perspectiva de contexto mais ampliado, tem o mesmo valor?

Se perdemos o emprego, dentro de nosso contexto pessoal, é uma crise, claro.

Estabelecemos um valor, nos entristece, nos desarruma muitas vezes.

À medida em que olhamos o entorno e somos informados do número de desempregados no país, ou ainda da quantidade de pessoas ou famílias que vivem em situação de rua, ou quantas pessoas passam fome no mundo, é difícil não considerar nossa condição como melhor que a de muitas outras pessoas.

O que acha?

Toda crise tem um ensinamento para tua vida.

A vida é uma história. A história de cada um de nós.

Podemos passar pelas experiências da vida sem aprender nada.

Repetimos e repetimos as experiências, cometemos os mesmos erros, sujeitos aos mesmos impulsos que nos levam a dificuldades ou relacionamentos conflituosos.

Por outro lado, toda história traz um ensinamento, um aspecto que podemos levar para a reflexão e para a meditação.

Neste caso podemos escolher mudar um hábito, uma forma de atuar e de nos relacionar conosco mesmos, com os demais, com a vida.

Ao escolher, conscientemente, nossas ações são positivas e em fluxo com a vida, e assim vamos aprendendo com o viver.

Um amigo dizia que nem todos têm algo a nos ensinar, no entanto sempre temos o que aprender com todos e com tudo o que ocorre.

Depende de nossa atitude e honestidade em olhar para nós mesmos, examinar nossas ações, nossas palavras, nossos sentimentos e pensamentos.

Não nos justificar, mas decidir com um propósito firme em ser melhor a cada dia.

O que você escolhe?

Por
Sergio R. da Cruz

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