50 anos da fundação de Cafh no Brasil

Henrique Sevilla

Rostos conhecidos e amados, rostos envelhecidos pelos anos, rostos doces pela ascética de suas vidas, rostos gastos e enrugados, com olhos cansados, porém cheios da paz e da alegria que somente a certeza dos dias bem vividos pode trazer. Também rostos novos, cheios do fogo da juventude, olhos brilhantes de emoção ou de sonhos por realizar.

Os velhos não representavam o culto aos antepassados, nem os novos representavam o culto

à força e à novidade; todos, sim, eram elos do eterno presente. Falaram os velhos, porque se lembravam desses 50 anos e de suas vidas. Porém, falaram dos momentos vibrantes, que são um eterno presente. Todos eles passarão, como muitos, presentes apenas em fotos e na lembrança. Daqui a pouco outra geração festejará os 100. Os jovens de hoje, também com seus rostos envelhecidos e doces, contarão essa outra parte da história.

Santiago Bovísio, Fundador de Cafh, nos fala em uma de suas mensagens: “…os guias irão na frente, pois já conhecem o caminho. Vinde comigo, Filhos da Chama de Cafh. Todos sejam um…, sempre dispostos a infundir-se coragem…, sempre dispostos a dar passagem e a sacrificar-se para os que queiram ir mais acima. Olhai para o Cume de vosso céu interior. Ide secreta e continuamente para cima, almas da Mãe, Filhos de Cafh.” Essa chama que o Fundador acendeu e que, como os corredores olímpicos, que a passam de mão em mão, os Filhos de Cafh, ano após ano, geração após geração, a levam e entregam para que nunca se apague.

A última mensagem que Carlos Emilio Plüss recebeu para entregar nas mãos dos primeiros Filhos de Cafh brasileiros foi a mensagem Obras de Amor: “O amor da Divina Mãe não é dois, não é chegar e terminar, não é amar e ser amado, não é sofrer e gozar da dor e do prazer alheio, não é ir e vir, nem é começar e terminar; o amor da Divina Mãe é sempre o amor, é o amor em si. Se eu amo a outro, amo a mim mesmo, se sofro por outro, sofro por mim mesmo; seu amor e sua dor são meus, pois não há dois amores. Meu amor não há de resolver por amor o mal de ninguém, mas meu próprio mal. O amor da Divina Mãe é o ponto de solução de todos os problemas, de todos os males. Amo e me amam e este amor dá vida a outra força de amor que quer viver e sobrepor-se aos dois amores que a geraram. O amor da Divina Mãe ama simplesmente, dá-se aos outros em si, a intensidade de amor que se expande não vai para outro, mas se revela simplesmente”.

Esse espírito, essa chama permanece, e pudemos vê-la iluminando a alegria no encontro dos corações de Cafh, por ocasião dos 50 anos.

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