A Ascética da Renúncia em nossa Vida
Extraído dos textos de Cafh.
Trabalho
– O meio imediato que nos permite participar com todos os seres humanos
– O melhor dos exercícios ascéticos exteriores
– O meio mais simples para esquecer de si mesmo e compreender as necessidades alheias
– Não há distinção essencial entre tarefas “elevadas” e humildes
– O ser se redime pelo trabalho de suas mãos
– O trabalho manual é objeto de amor e alegria
– A eficiência é um compromisso moral e a perda de tempo, uma falta contra o mundo
Adaptabilidade
– Os seres se adaptam a qualquer condição que a vida imponha, por mais dura que seja
– Toda circunstância que se atravessa é fonte de ensinamento
– Os desafios são estímulos à superação de limites e aproveitamento das capacidades de cada um. Do contrário, seriam infrutíferos
– Adaptabilidade não é resignação, passividade, fatalismo cego.
– A ascética conduz ao autoconhecimento e ao alcance das maiores possibilidades de cada um
Rotina
– É liberadora quando todo o ser está presente naquilo que faz
– Disciplina a mente, ensinando-lhe a obedecer e a se fixar
– Fortalece o pensamento para que penetre na experiência e extraia seus frutos transformadores
– É o sustentáculo desta ascética liberadora, quando contribui para a melhor administração do tempo e uso da própria energia
Despojamento
– O ser se despoja voluntariamente do supérfluo, de estímulos desnecessários
– Não se entretém na fruição dos bens espirituais adquiridos
– Prescinde de apoios ilusórios
Fixação interior
– O esforço para permanecer em si mesmo, imóvel interiormente:
– purifica a vontade
– libera dos desejos
– depura a alma de seus compostos
Participação
Sem participação, a ascética:
– Se reduz a uma sucessão de atos de aparente desprendimento que encarcera o ser, ao invés de liberá-lo
– Não é espiritual em si mesma
A ascética da renúncia é uma vivência permanente de ensino/aprendizagem de participação.