No profundo espaço que a alma gera
Levantando as forças em busca do sol
Surge radiante uma branca esteira
Tecida de flores, de sonhos, de amor
Oh, sangue do tempo!
De um tempo remoto
Onde dormias quando eu pensava?
Porque deixaste que abrisse meus olhos
À luz brilhante desta manhã?
Avança valente, rainha da alma
Pinta com música todos os espaços
Não deixes madeira que não seja chama
Nem deixes silhuetas, apenas humanas
A música antiga da fantasia
Quando tu não esperas, leva-se a vida
Miguel Gerardo Zaffuto