“O silêncio tem atormentado meu pensamento
Pois ele quer estar presente na ausência do que pensar
Eles andam concorrendo entre si
Percebo que o pensamento leva grande vantagem
Pois quase independe da minha vontade
Enquanto o coitado do silêncio
Precisa ser trabalhado a duras penas
Preocupa-me, quando o silêncio chegar
Vou escutar sons que hoje não se fazem ouvir
Ou será que fazem, mas são impedidos para dar vez à minha escolha?
Tenho escolhido pensar, falar, falar sem pensar, mais do que ouvir
Silenciar não é um ímpeto, muitas vezes é até um sacrifício
Pode o sacrifício ser uma escolha?
Talvez o sacrifício seja como o silêncio
Uma ascética trabalhada como no instante de um pensamento”
Reyna Lohmann, fisioterapeuta, Rio de Janeiro. É membro de Cafh desde 2007