“O método de vida que inclui a meditação, o exame retrospectivo e a leitura espiritual outorga paz mental, discernimento claro na escolha de prioridades e, consequentemente, uso ótimo tanto da energia física como da mental. Este domínio sobre a própria energia é o que permite aproveitar bem o tempo.” (curso “O Método”, Capítulo Primeiro).
A palavra “Método” (do grego odós) significa caminho. Do ponto de vista da ciência, a metodologia é a disciplina que perpassa todas as demais, está subjacente a todos os processos de pesquisa e de investigação. As mais diferentes técnicas e práticas, enfim, tudo requer um método, isto é, um modo de operar eficiente para se atingir os objetivos propostos. Além da simplicidade e da facilidade, busca-se uma “maneira correta” de fazer as coisas. Nas empresas, vigora o conceito de qualidade, que significa fazer bem feito já na primeira vez o que se tem de fazer, buscando-se sempre o melhor processo, o mais adequado ao padrão vigente!
A qualidade tem, portanto, normas a serem seguidas, padrões, cânones que devemos aprender para alcançar o nosso melhor, lançando mão dos nossos recursos, habilidades e possibilidades.
O que nos moveria, então, a observar um método no processo de nosso desenvolvimento integral? Cafh nos diz que “são as nossas respostas a perguntas que surgem de nosso anseio de desenvolver-nos: O que buscamos na vida? O que fazemos para alcançar esse objetivo? Para que nos esforçamos? Como nos relacionamos com o desconhecido: a imensidão do universo, os mistérios da existência, o nascer, o morrer…?”
O Método que Cafh nos propõe é simples, sustentável e não-excludente, pois qualquer pessoa pode praticá-lo, se assim o desejar. Não exige dispêndio de recursos e de energia que não possamos mobilizar, no dia a dia. Este método está baseado em seus ensinamentos, disponibilizados nos cursos, nos textos, livros, na tradição oral, nos exercícios e instrumentos que nos oferece para o aprendizado, e tem um caráter ascético-místico. Ascético, porque pressupõe dedicação e esforço ordenado e regular para influir de forma positiva sobre hábitos de conduta e tendências pessoais. Místico, porque as suas recomendações nos orientam a percorrer um caminho rumo à união com o divino, através da participação consciente e progressiva com todos os seres.
Os exercícios ascético-místicos que nos são propostos em Cafh, alguns dos quais já tratamos em edições anteriores (QUAIS?), se integram de tal maneira à nossa vida diária que vai se diluindo o limite entre as nossas práticas e as vivências espontâneas do que nos propomos realizar.
“Através da perseverança e da oferenda, a nossa vivência do Método evolui, paulatinamente, até transformar-se em uma expressão integral de nossa vida. Temos, assim, a oportunidade de viver de acordo com a medida de nosso anseio de desenvolvimento e também converter o Método com que Cafh nos brinda em nosso modo espontâneo de vida.” (Curso “O Método” 1a. Ensinança.)
Nesta 8a edição abordaremos alguns aspectos que o Método de Cafh recomenda a seus membros, como um instrumento de desenvolvimento, a partir da percepção de nossos colaboradores, em algumas de suas vivências. A personagem descrita em “Memória” não poderia estar mais afinada com a relação teoria-prática! Trata-se da autora de “A Gravidade e a Graça”, Simone Weill.
Pelas páginas da revista, passearemos pelos temas da meditação, dos exercícios respiratórios, da alimentação e outros, até chegar ao silêncio que, em Cafh, marca o início da caminhada daqueles que se dispõem a percorrer conosco esta, ainda misteriosa, trilha do desenvolvimento integral! Venha conosco, caminhemos em paz!
Os Editores